Entrevista com a escritor Átila Siqueira

Olá queridos leitores! 
Estou trazendo para vocês entrevista com o escritor Átila Siqueira, criador da Saga Vale dos Elfos, que é repleta de muita imaginação, mistérios e aventuras. Saiba mais sobre a saga, aqui. Obrigada Átila, pelo carinho e atenção. Vamos conferir como ficou a entrevista? 

Átila Siqueira - Foto Divulgação

1 - Primeiramente, agradeço por aceitar a entrevista. Para iniciarmos, gostaria que nos dissesse quem é Átila Siqueira?

Bom, eu é que agradeço a oportunidade de dar essa entrevista. 

Eu sou um jovem escritor, militante de esquerda e historiador, nascido em Minas Gerais, na cidade de Contagem e residente na Capital, Belo Horizonte. Escrevo desde os 13 anos e comecei a publicar meus textos em 2008, em algumas antologias da Câmara Brasileira de Jovens Escritores e através do meu primeiro livro solo, Vale dos Elfos 1. Atualmente estou re-lançando esse livro, pela RHS Editora e lançando o livro Vale dos Elfos II, continuação do primeiro livro, com o auxílio do artista plástico Wander Lara, que tem ilustrado o meu trabalho, de forma que estamos realizando um trabalho em conjunto muito interessante. 

Eu tenho também um blog, chamado Ásgard: Terra de Poesia, onde posto algumas de minhas poesias e também textos sobre assuntos diversos, geralmente sobre história e política. Todo o meu trabalho literário, tanto no blog quanto nos meus livros tem por objetivo discutir o mundo em que vivemos, criticando o que precisa ser criticado, elogiando o que merece elogio e, propondo sempre uma sociedade mais justa e igualitária, pois é nisso que eu verdadeiramente acredito, em uma sociedade mais humana, onde todos possam ser mais humanos e menos mesquinhos.
2 - Gostaria de saber quais foram as suas principais influências e como foi seu início para o meio literário. 

Falar de influências é sempre algo muito complicado, mas eu gosto de dizer que a minha primeira influência é a Ilíada, de Homero. Esse foi o meu livro de cabeceira por anos e no caso de meus livros da Saga Vale dos Elfos, eu diria que a Ilíada influenciou essa obra tanto ou até mais do que O Drácula de Bram Stoker e do que O Senhor dos Anéis, de JRR Tolkien. Além dessas influências, eu destaco também o trabalho de Jostein Gaarder, de Ernest Hemingway, de Herman Hesse, Miguel de Cervantes, Álvares de Azevedo, Fernando Pessoa, Eça de Queiroz, Sir Arthur Conan Doile, C.S Lewis, Alexandre Dumas, do grandioso Pablo Neruda, e do poeta Ferreira Goulart, dentre muitos outros. 

Eu preciso também salientar a importância de livros como As Aventuras de Gilgamesh, Beowlf, bem como de sites de rpg, do jogo de cartas Magic the gathering, do cinema, principalmente dos filmes de ação, dos filmes de terror, dos filmes de vampiros e outros filmes de gênero parecido, além, é claro, de desenhos animados como Caverna do Dragão, Cavalo de Fogo, Fly: o pequeno guerreiro, e de jogos de computador, como Age of Empires e Age of Mitology. Tudo isso me influenciou muito e meu início foi escrevendo poesias e pequenos contos, cartas e textos de crítica social e política, até que me veio à idéia mais completa, para escrever o meu primeiro livro, chamado Os Libertadores, que ainda não foi publicado, mas que me deu experiência suficiente para começar a escrever Vale dos Elfos. As coisas foram acontecendo de uma maneira muito natural, com uma vontade cada vez maior de escrever, de produzir obras significativas e de expressar as minhas idéias. Foi assim que tudo começou e é assim que tudo continua. 

3 - Você esta convidando todos os seus amigos no orkut para o lançamento do livro Vale dos Elfos II pela RHS Editora. Voltando no tempo você poderia nos falar como foi a ideia inicial para a construção da obra? 

Bom, a idéia inicial foi a de criar uma obra de literatura fantástica que me desse espaço para abstrair bastante e para soltar a minha imaginação, ao mesmo tempo, criar uma obra em que eu pudesse dar um passado mítico ao mundo e também abordar certos temas, em uma perspectiva ideológica e filosófica, falando de uma guerra do bem contra o mal que se pautasse na perspectiva da batalha entre aqueles que defendem a Igualdade como o bem e aqueles que defendem a exploração e a ganância desenfreada, como o mal. A minha idéia era escrever algo que misturasse aventura, e, ao mesmo tempo, ideologia e filosofia. Em primeiro momento, as obras de Alexandre Dumas, Miguel de Cervantes, Arthur Conan Doile, bem como a Ilíada e também as obras de Jostein Gaarder, foram as primeiras a me influenciarem, eu queria fazer um livro profundo como esses, mas ai eu conheci O Senhor dos Anéis e a idéia dos elfos entrou na minha cabeça e eu comecei a ler sobre o assunto, na mitologia nórdica e nos rpgs e então decidi criar os meus próprios elfos, seres que deveriam ser os produtores de uma sociedade modelo, a sociedade do bem estar de todos, da Igualdade, da cultura, das artes. 

Então, eu posso dizer que a idéia inicial era produzir uma literatura onde houvesse aventura, fantasia, magia, e, ao mesmo tempo, houvesse um espaço para propor um mundo melhor e trabalhar ideologia e filosofia, discutir a existência humana e seus paradigmas. Enfim, uma literatura que somasse algo a sociedade e que fosse aquilo que eu sempre esperei dos livros e que poucos conseguiram atender de uma maneira mais completa, a idéia de uma literatura que falasse dos problemas da humanidade e falasse também de soluções para os mesmos, abordando o mundo e os problemas existenciais da humanidade. 

4 – Qual você acha que é a principal mensagem do livro? 

A principal mensagem é que devemos lutar para criar um mundo melhor, mais justo e igualitário. Isso é aquilo pelo qual realmente vale a pena lutar. 

5 - Quais os seus livros favoritos? Algum deles influenciou a sua obra? 

Meus livros favoritos, além da Ilíada, são: As uvas e o vento, de Pablo Neruda; Os três Mosqueteiros, de Alexandre Dumas; O Dia do Curinga e O Mundo de Sofia, de Jostein Gaarder; Luar, de James Herbert; Noites na taverna, de Álvares de Azevedo; José Matias, de Eça de Queiroz; O Lobo da Estepe e Sidartha, de Herman Hesse; Horizonte Perdido, de James Hilton; O Sol também se levanta, Paris é uma festa e O Velho e o Mar, de Ernest Hemingway; as Areias do tempo, de Sydnei Sheldon; O Senhor dos Anéis e Silmarillion, de JRR Tolkien; A cavalaria Vermelha, de Isaac Babel; As Aventuras de Sherlock Holmes, de Sir Arthur Conan Doile; Memórias Póstumas de Brás Cubas, de Machado de Assis; As Crônicas de Nárnia, de C.S Lewis, As Aventuras de Dom Quixonte de La Mancha, de Miguel de Cervantes. Todas essas obras e muitas outras, que eu não consegui me lembrar, influenciaram muito o meu trabalho, pois eu busco sempre coisas boas nas obras para influenciar a minha escrita, de forma que negando ou corroborando as idéias, acho que todas as obras que eu leio, algumas mais outras menos, influenciaram e continuam influenciando a minha obra. 

6 – Por que o nome Vale dos Elfos? 

Escolhi esse nome porque é o nome do principal reino do mundo que eu criei, e, é o reino que tem um modo de vida que eu criei para ser uma espécie de exemplo para o nosso mundo, guardando as devidas proporções, claro. 

7 - Como você tem utilizado o seu blog para ajudar na vendagem do livro? Ele tem ajudado muito na pré-venda de exemplares? 

Eu já usei mais o meu blog, hoje tenho tido pouco tempo para isso, mas ainda o uso sim, bastante até. O blog ajuda muito e tem me auxiliado bastante na pré-venda do meu livro, embora agora eu tenha usado mais o facebook e o Orkut. 

8 - Quais as dificuldades que você vê para o autor que tenta se lançar no mercado literário? Alguma idéia de como superá-las? 

A maior dificuldade é a questão da divulgação e do interesse das pessoas no trabalho dos novos escritores. No Brasil, embora isso esteja melhorando a cada dia, são poucas as pessoas que lêem com assiduidade, e, dentre as pessoas que lêem, muitas consomem apenas a literatura de fast-food, ou seja, livros de auto ajuda, livros espírita e religiosos. Para superar isso, não basta um trabalho apenas meu, mas de toda a sociedade, para tentar formar um público leitor mais crítico e ampliar o número de pessoas lendo, o que vai refletir não somente no número de livros que os novos autores vão vender, mas sim, (e isso é o mais importante), na produção de uma sociedade mais inteligente, que se auto-problematize e que produza mais mentes pensantes. 

9 - Qual a importância que você vê no fato das escolas adotarem livro de fantasia como material didático? 

Acho importante, pois a literatura fantástica tem um poder de abstração muito grande, porém, espero que as escolas não se limitem apenas a esse gênero e que busquem adotar todas as formas de literatura, abrindo um leque cada vez maior de oportunidades para os seus alunos, sem preconceito com qualquer gênero literário. 

10 - Como você vê o mercado para o novo autor nacional? 

Eu vejo esse mercado como ainda ruim, mas com uma significativa melhora, com o passar dos anos. O país tem se desenvolvido muito na área da educação nos últimos 6 anos, principalmente, depois da expansão das bolsas de estudo para os universitários, o que tem ampliado o público leitor. Porém, as editoras ainda são muito fechadas e as livrarias também, e, ainda agem dentro de uma política de lucro excessivo, o que torna a circulação dos livros muito difícil para o novo autor, excluindo esses autores, que precisam lutar muito para se promover e para divulgar seus trabalhos. Contudo, as expectativas estão cada vez melhor. 

11 - Você poderia destacar uma frase do livro para os nossos leitores? 

Vou colocar a epígrafe do Livro Vale dos Elfos II: “O Grande guerreiro não é aquele eficaz na luta, mas aquele que luta pela paz da igualidade”. 

12 – Como você vê o surgimento, com cada vez mais força, de um número cada vez maior de blogs sobre literatura? 

Eu acho isso excelente, traduz a necessidade cada vez maior dos leitores em ler coisas diferentes e dos novos escritores em se manifestarem. Para mim isso é totalmente positivo. 

13 – Você tem algum tipo de exercício ou “ritual” na hora de escrever? 

A única coisa que posso destacar nesse sentido é que escrevo tudo a mão. Raramente eu escrevo algo direto no computador. 

14 – Você se define como escritor de fantasia? Podemos esperar narrações em outros gêneros em obras futuras? 

Eu me defino como escritor de fantasia sim, mas eu também escrevo em outros gêneros, embora sempre se deve esperar um pouco de fantasia na minha literatura. De qualquer forma, antes de ser um escritor de fantasia eu me considero como um escritor existencialista e, tudo que eu escrevo, poesia, literatura fantástica e contos diversos, sempre tem a perspectiva da problematização da existência como uma constante. 

15 – Se pudesse ser um personagem da ficção e pudesse ir a qualquer lugar da literatura, quem escolheria e aonde iria? 

Pensei em muitos personagens e lugares, dos mais surreais e fantásticos até os mais comuns. Bom, mas acho que eu escolheria ser Obiwan Kenobi e viajar pela galáxia. 

16 – Quais dicas daria para os jovens que desejam ingressar na carreira como escritor? 

A primeira dica é para não desistirem, a segunda é para se sentarem e escreverem, sem medo de suas idéias, sem medo de exporem o que pensam. Daí a diante é lutar e continuar lutando.

17- Perguntas Rápidas:

Um livro: Ilíada. 
Um(a) autor(a): Pablo Neruda.
Um ator ou atriz: Não tenho. 
Um filme: Donie Darko. 
Uma música: Hasta Siempre Comandante Che Guevara.
Um dia especial: 11 de setembro.
Um desejo: Um mundo mais igualitário 

18 - Deseja encerrar com mais algum comentário? 

Eu quero agradecer a oportunidade de dar essa entrevista e quero dizer que estou à disposição a todos que quiserem conhecer melhor o meu trabalho. Para mim o mais importante é isso, crescer em conjunto com as pessoas, para produzirmos uma sociedade cada vez melhor. 

19 - Como os interessados poderão saber mais sobre Átila Siqueira? 

Todos podem saber mais sobre mim através do meu Orkut / Blog / Twitter / Facebook, e pelo email: atilasiqueira1@yahoo.com.brEstou sempre disponível para atender a todos.


Vocês gostaram? Eu amei!!
Muito obrigado Átila pelo tempo que disponibilizou para conosco.
Te desejo todo o sucesso do mundo.

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